Trabalhos desenvolvidos em diversas regiões do Brasil são reconhecidos com a premiação
A Fundação do Câncer acaba de anunciar os vencedores da 5ª edição do Prêmio Marcos Moraes de Pesquisa e Inovação para o Controle do Câncer, em cerimônia realizada nesta quarta, dia 22, na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro. A premiação reconheceu projetos de destaque em três eixos fundamentais: Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, Inovação em Cuidados Paliativos e Iniciativas para o Controle do Câncer. Na ocasião, foi realizado um Simpósio com a palestra magna ‘Oncologia no Brasil: da política pública à inovação transformadora’, apresentada pelo ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão e uma roda de conversa mediada por Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer, com a participação da subsecretária municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Fernanda Adães; do professor titular da UERJ, Denizar Vianna; e do professor emérito da Universidade Johns Hopkins, Moysés Szklo.
Trabalhos ganhadores
Na categoria Inovação em Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer, a primeira colocação foi para o trabalho ‘Toxicovigilância da Exposição Ocupacional Crônica aos Agrotóxicos em Mulheres do Campo do Sudoeste do Paraná’, de autoria de Carolina Panis (Universidade Estadual do Oeste do Paraná). O segundo lugar ficou com o projeto ‘Inteligência artificial para o combate ao câncer da detecção precoce à personalização do tratamento’ de Alexandre Chiavegatto Filho (Universidade de São Paulo). O terceiro lugar foi concedido ao projeto ‘Recomendações Brasileiras de Atividade Física para Prevenir e Controlar o Câncer’, de autoria de 13 pesquisadores que pertencem a Universidade Estadual de Londrina; Instituto Nacional de Câncer (INCA); Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Oncoclínicas; Instituto do Câncer e Transplante de Curitiba; Universidade Federal de Pelotas (Ufpel); Dublin City University.
Em Inovação em Cuidados Paliativos, o primeiro lugar foi para a iniciativa do Hospital de Câncer de Barretos, com o projeto ‘Efeito do Go Wish Cards Game nos Escores de Sentido de Vida de Mulheres com Câncer Ginecológico e/ou de Mama Avançado: Ensaio Clínico Randomizado’, de autoria de Bianca Sakamoto Ribeiro Paiva; Bruna Minto Lourenço; Lídyce Aguetoni Vianna; Izabella da Silva Oliveira; Vitória Aparecida Betussi; Carlos Eduardo Paiva. O segundo lugar ficou com o projeto ‘Doulas de fim de vida: a parte que falta nos cuidados paliativos’, de Glenda Agra (Universidade Federal de Campina Grande). Em terceiro lugar, a iniciativa da Favela Compassiva Rocinha e Vidigal e Federal University of São João del-Rei, intitulada ‘Favela Compassiva: promovendo a dignidade e cuidados paliativos em cenários de vulnerabilidade social’, cuja autoria é de Jeane Pereira da Silva Juver; Alexandre Ernesto Silva; Enzo Pace Raizaro; Raquel Laine Alves Santos; Débora Célia Viana Silva; Kamila Giovana Pedrosa Damásio; André Luiz Campos Pacheco.
Na categoria Iniciativas para o Controle do Câncer, o projeto ‘Da Iniciativa Municipal à Política Nacional: O Sucesso do Programa de Rastreamento com Teste DNA-HPV em Indaiatuba no Controle do Câncer de Colo do Útero’, de autoria de Julio Cesar Teixeira; Luiz Carlos Zeferino; Diama Bhadra Vale; Michelle Garcia Discacciati; Cirbia Silva Campos; Joana Froes Bragança; Tulio José Tomass Couto; Graziela Drigo Bossolan Garcia; Heloisa Carla Salatino, representantes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Prefeitura Municipal de Indaiatuba, foi o vencedor. A segunda colocação foi para o trabalho ‘Targeting PRC2 Enhances the Cytotoxic Capacity of Anti-CD19 CAR T Cells against Hematologic Malignancies’ de 25 pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center e do INCA. O terceiro lugar ficou com o projeto ‘Uso de macrófagos humanos expressando receptores de antígenos quiméricos (CAR) como terapia celular para o controle de tumores sólidos HER2+’ de autoria de 11 representantes da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); ImmunoX/FMUSP; Universidade Federal do Paraná e University of Pennsylvania.
Para o diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, o prêmio reforça o compromisso da instituição com a valorização da Ciência brasileira e com a disseminação de práticas inovadoras que impactam diretamente a vida das pessoas. “O Prêmio Marcos Moraes reconhece não apenas a excelência científica, mas também o propósito social por trás de cada iniciativa. São projetos que unem pesquisa, sensibilidade e compromisso com a vida. Celebrar essas conquistas é reafirmar que a inovação é uma ferramenta essencial para transformar realidades e construir um futuro mais saudável”, salienta.
Todos os trabalhos foram julgados por uma banca avaliadora coordenada pelo professor Moysés Szklo. Para Alfredo Scaff, médico epidemiologista da Fundação do câncer, as iniciativas premiadas demonstram a potência da integração entre Ciência, política pública e cuidado humanizado. “Esses projetos representam o melhor da medicina brasileira: são soluções criativas, eficazes e profundamente humanas. Ao valorizar a promoção da saúde, os cuidados paliativos e o controle do câncer, o prêmio estimula um olhar ampliado sobre o paciente e sobre o papel transformador da ciência”, afirmou ele.
Os vencedores receberam além de certificado e troféu, uma premiação em dinheiro no valor de R$10 mil reais e tiveram seus nomes registrados no Painel Marcos Moraes, espaço permanente que homenageia os agraciados de todas as edições do prêmio que fica na sede da Fundação do Câncer.


