Homenageado

Dr. Marcos Moraes

O médico alagoano, Marcos Fernando de Oliveira Moraes foi diretor do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e idealizador da Fundação do Câncer, sendo presidente do Conselho Curador desde a sua criação e responsável por diversos projetos da Fundação do Câncer, onde atuou até seu falecimento, em 2020. Foi presidente da Academia Nacional de Medicina. Atuou fortemente nas políticas antitabaco, sendo convidado pelo governo brasileiro a elaborar o Programa Nacional de Controle de Câncer.

Começou a atuar em 1963 ao se graduar em Medicina na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), à época Universidade do Distrito Federal. Formou-se em Cirurgia Oncológica na Universidade de Illinois (EUA), onde desenvolveu várias linhas de pesquisa científicas e foi fellow do Serviço de Oncologia Cirúrgica. Trouxe do país técnicas cirúrgicas oncológicas modernas para aplicar no Brasil.

O Dr. Marcos Moraes participou das mais expressivas publicações e comissões técnico científicas do Brasil e do exterior, chegando a ser representante oficial do Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) para o National Cancer Control Programmes.

Investir em uma medicina mais humanizada, reaproximar os médicos dos pacientes e transformar a sociedade em uma aliada.

— Dr. Marcos Moraes

Foi amplamente reconhecido, no Brasil e no mundo, pelo seu histórico profissional, recebendo diversas premiações, entre elas o Annual Research Award, da Sociedade Cirúrgica de Chicago (1976); o Research Scholar, do Departamento de Cirurgia da Universidade de Illinois (1977); o Distinguished Service Award, da União Internacional contra o Câncer (1992); o diploma de Honra ao Mérito da Fundação Antônio Prudente, por seu relevante trabalho no controle do câncer no Brasil (1994); a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz (2009), na categoria Ouro, e a Medalha da Ordem do Mérito Médico na Classe Oficial (2010), ambas concedidas pelo então ministro da Saúde, pelos relevantes serviços prestados à saúde pública brasileira, além do diploma de Membro Emérito do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (1999).

Há que se destacar a sua cruzada contra o tabagismo no Brasil, a ponto de ter sido homenageado com medalha e diploma da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1994.

No fim da década de 90, sugeriu ao então ministro da Saúde uma lei que proibisse o fumo nos aviões. Como resultado, o Brasil tornou-se exemplo para toda a aviação internacional.

O INCA, então dirigido por ele, passou a representante oficial do Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) para o Programa Tabaco, tendo contribuído para que o número de fumantes no Brasil caísse até 40%.

Deve-se à sua luta, a política antitabagista e o fato de o Brasil ser o segundo país a concretizar integralmente todas as intervenções para o controle do tabaco no seu mais alto nível de realização das metas, determinadas pela OMS.